Herpes Ocular
Cuidar da saúde dos olhos é coisa séria. Assim como os demais órgãos do corpo, eles também sofrem com doenças, não apenas as genéticas, mas, também, com aquelas provocadas por vírus e bactérias, abrindo espaço para as infecções.
Assim acontece com o herpes ocular.
Essa é uma infecção provocada pelo mesmo vírus do herpes labial, o HSV, que se aloja em uma terminação nervosa, onde fica inativo por um período até um dia se manifestar. Quando o vírus ataca lábios e pele, o diagnóstico é simples e rápido. Mas, se atingir os olhos, a enfermidade não é tão fácil de ser identificada, podendo ser tratada indevidamente, correndo o risco, inclusive, de o paciente perder a visão.
Isso acontece porque existem dois tipos de herpes ocular: o herpes simples, o mesmo que causa o herpes labial, que pode ser transmitido pelo contato direto. Já o tipo zoster ocorre pelo mesmo vírus da catapora. O indivíduo pode ser contaminado quando criança e manifestar a doença na fase adulta.
Os sintomas característicos do herpes ocular são muito semelhantes ao de uma conjuntivite e incluem:
- Sensibilidade à luz (fotofobia);
- Dor ocular que pode variar de moderada a forte ou intensa;
- Sensação de corpo estranho e ardência no olho;
- Coceira no olho;
- Vermelhidão e irritação no olho;
- Presença de bolhas ou úlceras com borda avermelhada e líquido na pele próxima do olho;
- Lacrimejamento excessivo;
- Inchaço do olho;
- Visão embaçada.
O tratamento deve ser estabelecido considerando o aspecto, o local e a extensão das lesões. A maioria dos pacientes responde bem remédios antivirais como Aciclovir ou Valaciclovir em comprimidos ou em pomadas. O uso de analgésicos como Dipirona ou Acetaminofen para o alivio da dor também pode ser necessário. Além disso, para complementar o tratamento pode-se fazer uso de compressas úmidas mornas ou frias, de pomadas para proteger o olho e de colírios antibióticos, que iram ajudar a prevenir o aparecimento de infecções secundárias causadas por bactérias.
Quanto mais depressa começar o tratamento, melhor será o prognóstico. Não se pode descartar, porém, a ocorrência de novas crises, já que o vírus do herpes simples permanecerá latente para sempre no organismo da pessoa infectada.